Você pode imaginar duas pessoas presas como cães? Já foram constatados vários casos assim, e inclusive existem vídeos que se tornaram virais na internet sobre essa situação.
De acordo com a terapeuta clínica, sexologista educadora e terapeuta sexual Irene Torices, esta condição é conhecida como a síndrome do pênis preso e acontece quando a mulher não consegue relaxar o suficiente; consequentemente, os músculos da vagina não relaxam, então há uma contração sustentada dos músculos desta região.
Se esta disfunção ocorre repetidas vezes, é conhecida como vaginismo, pois não há liberação de sangue do pênis dentro da vagina e o casal permanece preso.
Nestes casos, o casal precisa ir a um hospital ou chamar um médico para injetar um relaxante muscular na mulher ou um dilatador no homem para que ele perca a ereção e assim possa remover o pênis de dentro da vagina.
É muito difícil esperar. Geralmente esta condição não se resolver sozinha e é necessário que ocorra a intervenção médica, porque os músculos do terço externo da vagina são fortes o suficiente para poder fazer uma espécie de estrangulamento do pênis no interior.
Normalmente, o homem não perde a ereção porque quando a mulher tenciona os músculos do terço externo da vagina, ela cria um efeito semelhante à colocação de um garrote no pênis, aquela “liga” de borracha usada quando as pessoas vão tirar sangue, e com isso a compressão faz com que o sangue não possa ser liberado do órgão genital masculino.
Embora a penetração seja dolorosa, o pênis ficará preso enquanto a mulher não conseguir relaxar os músculos da vagina.
O problema do pênis preso pode ser resolvido em casa. Os sprinklers que são usados para a asma têm a mesma função. Se o homem respira por esse dispositivo, ele irá ajudar a esvaziar os corpos cavernosos do pênis para que o mesmo possa ser liberado da vagina, embora a contração da vagina possa permanecer.
Outro tratamento domiciliar que não é recomendado pelos médicos é passar pimenta na raiz do pênis, bem onde ele começa, porém não se sabe de nenhum paciente que tenha feito, por isso é melhor não ser o primeiro.
O vaginismo é uma das disfunções sexuais mais comuns nas mulheres, especialmente após um evento traumático que não necessariamente tem que ser um abuso sexual ou um estupro – pode por exemplo ser um histórico de experiências sexuais ruins. Isso faz com que não haja uma disposição adequada para a relação sexual por parte da mulher e assim desencadeia problemas como a síndrome do pênis preso.
O bom de hoje em dia é que o celular está sempre por perto, então tudo pode ser resolvido com apenas uma ligação para a emergência. Talvez nem seja tão necessário ir até o hospital, às vezes os paramédicos têm relaxantes musculares e a situação é facilmente resolvida no próprio local.
No caso de o relaxante muscular não funcionar, aí sim será necessário ir até o hospital, e neste caso os paramédicos já possuem experiência com esta situação e asseguram o casal para evitar quedas que podem inclusive causar fratura do pênis. Eles irão cobrir o casal e levá-los até o hospital.
O corpo cavernoso do pênis permanece intacto, mas pode ocorrer morte de tecido da pele deste membro, e normalmente a síndrome do pênis preso lesiona apenas a pele, então é melhor esperar que ela se cure antes de ter relações sexuais novamente. O aconselhável é esperar ao menos três dias.
Caso você sofra com a síndrome do pênis preso, tente relaxar, ter calma e chamar os paramédicos.
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