Priapismo é uma condição que acomete alguns homens que pode estar associada ou não a um estímulo sexual. No priapismo, o pênis se mantém ereto involuntariamente sem retornar ao estado natural e habitual. A ereção é duradoura, por cerca de 4 horas o homem permanece com a ereção – que costuma ser dolorosa – e que pode levar a problemas irreversíveis, como a impotência sexual. Por este motivo é considerada uma emergência médica.
Sabe-se que o priapismo ocorre geralmente à noite e pode levar alguns minutos ou horas para voltar ao estado normal, como mencionado acima. Esta condição pode ser induzida pelo ato sexual, masturbação, consumo de bebidas alcoólicas ou uma ereção espontânea.
Existem dois tipos de priapismo, o isquêmico e o não isquêmico. O primeiro é dado como de baixo fluxo ou inclusivo, o que significa que ocorre devido à estase sanguínea por diminuição do retorno venoso e com possibilidade de isquemia tecidual. Pode ser resultado de uma baixa oxigenação no sangue do pênis. Já a não isquêmica, também chamada de alto fluxo ou arterial, tem o retorno venoso normal com um fluxo da artéria elevado. Neste caso, a ereção é indolor, e diferente da isquêmica, apresenta coloração vermelho clara.
A diferença entre um tipo e outro, além de presença da dor no isquêmico e a ausência de dor no não isquêmico, é a consistência do pênis. No primeiro caso, o pênis permanece muito mais enrijecido, enquanto que no outro, devido à constante presença de fluxo sanguíneo, o pênis fica geralmente semiereto por um longo período e costuma não atrapalhar o desempenho durante o ato sexual, diferente do primeiro caso.
No primeiro caso, portanto, existe uma falta de drenagem e oxigenação do sangue do pênis para o corpo e no segundo há um alto fluxo arterial de sangue do corpo para o pênis. O segundo caso, portanto, não precisa ser tratado com tanta urgência.
[sc:artigos_relacionados]O priapismo venoso ou isquêmico pode ser desencadeado a partir de outras doenças como anemia falciforme, algumas doenças neurológicas que ocasionam lesões das fibras nervosas relacionadas à ereção como hérnia de disco invertebral, pneumonia por microplasma, infiltração tumoral, malária e intoxicação por inalação de monóxido de carbono.
Alguns medicamentos podem contribuir também para o surgimento do priapismo, são eles: omeprazol, tamoxifeno, hidroxizina, metoclopramida, hidralazina, testosterona, Prozac, prazosin, heparina e algumas substâncias injetadas no órgão para induzir a ereção artificial. Além disso, o abuso de bebidas alcoólicas ou drogas como a cocaína podem ocasionar o priapismo. Alguns acidentes e lesões na região peniana e hemorragia também podem contribuir para o aparecimento da doença em decorrência do comprometimento da drenagem do sangue.
Não existe uma idade para desenvolver o priapismo, como destacado acima pode ocorrer em qualquer idade em decorrência de um acidente, ingestão de medicamentos ou outras doenças. Pode aparecer na fase lactente até a idade avançada. Quando em homens jovens e adultos, geralmente está relacionado ao consumo exagerado de álcool e drogas. Homens mais velhos podem desenvolver através da anemia falciforme ou câncer.
Os sinais de que um homem está com priapismo são, na realidade, bem evidentes. O principal é uma ereção contínua que se prolongue por horas, geralmente 4 horas e comumente no período da noite. A ereção pode ou não estar relacionada ao estímulo sexual e não costuma desaparecer com a ejaculação. As veias do pênis após a ejaculação devem ser observadas; em homens que não sofrem de priapismo as veias se relaxam e o tecido peniano volta a ser flácido. Já no caso de quem tem priapismo, isso não ocorre e o pênis permanece rígido.
O diagnóstico não costuma ser muito complicado, pois leva em consideração, na maioria das vezes, o histórico do paciente. O priapismo não isquêmico ou arterial de alto fluxo pode ser mais difícil de ser identificado, pois não é doloroso e provoca menos tumescência do pênis. Já os pacientes que sofrem de priapismo venoso costumam reclamar de muita dor durante a ereção e um desconforto que pode durar de horas a dias, e o pênis constitui-se sempre bem enrijecido. Para que o médico diagnostique a doença deve-se relatar todos os tipos de drogas consumidas, desde as lícitas quanto às ilícitas, para um diagnóstico adequado.
O diagnóstico mais realizado é a observação da ereção sem a presença da glande (cabeça do pênis) e dos tecidos que envolvem a uretra, denominados como corpos esponjosos. Para completar e certificar o diagnóstico, pode ser realizado um exame chamado Doppler peniano e angiografia peniana seletiva. No primeiro exame, o objetivo é identificar qual tipo de priapismo é o do homem (isquêmico ou não isquêmico), enquanto no segundo o resultado irá demonstrar o ponto da fístula – exclusivamente no priapismo arterial.
No caso do priapismo venoso, o tratamento deve ser realizado com urgência devido à ocorrência de dor, possibilidade de impotência e outros desconfortos. O objetivo é esvaziar os corpos cavernosos evitando a impotência definitiva e aliviando a dor. O tratamento utilizado nesse caso é puncionar o pênis para aspirar o sangue que permanece presente no órgão. No mesmo local de retirada do sangue deverão ser injetadas substâncias que ajudem na diminuição de ereção, como a noradrenalina. Se com os procedimentos realizados a ereção prossiga, será preciso iniciar uma intervenção cirúrgica para permitir a saída do sangue da região peniana para o restante do corpo.
No caso da lesão arterial, uma ligadura cirúrgica da artéria ou a obstrução da mesma por embolização pode solucionar o problema. Caso a busca por atendimento médico seja demorada, o paciente pode desenvolver fibrose e comprometer a ereção por definitivo, levando à impotência. Neste caso, a única alternativa é a inserção de prótese peniana. Em outros casos específicos, pode ser necessária a transfusão de sangue.
Infelizmente não existe uma maneira específica de prevenir o priapismo, por serem causas desconhecidas do paciente ou fatalidades (no caso de lesões e acidentes). Injetar drogas intracavernosas para forçar uma ereção deve ser completamente abolido, assim como o consumo de drogas ilícitas pesadas como a cocaína. Evitar o consumo exagerado de bebida alcoólica também é fundamental para prevenir o priapismo.
Sempre é importante manter-se hidratado, principalmente no início do surgimento do priapismo, bem como diminuir as atividades sexuais. Quanto antes o surgimento do problema for diagnosticado, mais rápido será tratado e maior a possibilidade de solução.
[sc:muito-bom-de-cama-depois-artigo]
eu acho que tenho priapismo mas minha erecao dura de cinco a dez minutos e fica indo e voltando o dia enteiro que eu ,nao sei mas oque fazer
Já estou desesperado com o pau duro há mais de 4 horas e não sei como fazer para baixá-lo. Ir para o hospital vai ser muito vergonhoso.
Eu acho que sofro de priapismo, já está com 2 horas e meia que estou com o pênis duro e não sei o que fazer para ele baixar, me ajudem por favor está doendo muito.