A hipersexualidade consiste em um distúrbio que promove um aumento exagerado do desejo sexual, tornando-se às vezes até mesmo incontrolável para algumas pessoas. O comportamento sexual se torna um problema quando gera um vício e começa a afetar a rotina de trabalho, relacionamentos, amizades e outras relações pessoais. A hipersexualidade altera o estilo de vida da pessoa e faz com que seus objetivos se reduzam ao sexo, sendo a maior de suas satisfações e única necessidade.
Pessoas que sofrem de hipersexualidade podem ver suas carreiras profissionais sucumbirem por não encontrar o foco necessário para desenvolver seu trabalho de forma correta e com a expectativa esperada. Além disso, as pessoas podem ver seus relacionamentos afetivos (tanto amorosos quanto as amizades) terminarem, devido a essa obsessão, sem falar nas doenças que podem ser adquiridas no meio do caminho quando o único objetivo é saciar a vontade por sexo.
Não podemos confundir hipersexualidade com a prática de sexo constante ou um desejo latente. Grande parte da população aprecia o sexo e realiza o ato com seu parceiro ou outras pessoas, sentindo grande satisfação e prazer com isso. Até aí nada de anormal, o sexo é inclusive fundamental para a saúde e bem estar do ser humano. A hipersexualidade ocorre apenas quando há um exagero nesse ato, quando o sexo passa a ser a única coisa que uma pessoa pensa, fala e procura, seja com seu parceiro ou com relacionamentos diferentes.
A hipersexualidade pode se manifestar em alguns tipos como ninfomania, erotomania, perversão, obsessão sexual e vício sexual. Quando a hipersexualidade aparece, a pessoa que tem o transtorno pode desenvolver desejos bissexuais ou homossexuais momentâneos como forma de experimentar todo tipo de relacionamento possível.
Viciados em sexo sentem-se incapazes de controlar seus impulsos ou reduzir a prática e quando os controlam começam a sentir ansiedade, isolamento social, depressão e raiva. É muito comum que algumas pessoas que sofram de estresse há algum tempo por problemas no trabalho ou outras questões sociais busquem no sexo uma saída para suas vidas vazias.
O sexo assim é como uma válvula de escape e causa o mesmo efeito viciante das drogas, uma vez que afasta os problemas e causa uma satisfação/felicidade plena devido à liberação de hormônios relacionados ao prazer, como a endorfina e adrenalina. Pessoas que percebem esse desejo exagerad e latente e quando esse fato começa a intervir na sua rotina diária é aconselhável procurar por atendimento médico e psiquiátrico adequado.
[sc:artigos_relacionados]Os principais sinais de hipersexualidade são: ter múltiplos(as) parceiros(as), realizar atos sexuais com prostitutas ou praticamente desconhecidos com frequência, usar os parceiros como objetos sexuais sem uma relação emocional profunda, masturbar-se de 10 a 20 vezes por dia, ter um relacionamento sério e não conseguir se manter fiel, utilizar materiais pornográficos diariamente como revistas e assistir vídeos pornográficos obsessivamente, frequentar salas de bate papo de sexo e chat por telefone com frequência, participar de troca de casais, orgias ou outras situações que não consideraria anteriormente, ter tendências masoquistas ou sádicas e, muitas vezes, desenvolver comportamentos inaceitáveis socialmente como pedofilia e estupro. Este último caso é mais grave e deve ser tratado com urgência.
Difícil dizer com certeza os motivos que levam a esse comportamento sexual obsessivo. Fatores ligados a dificuldades psicológicas e emocionais são os primeiros da lista. Transtornos de personalidade como a esquizofrenia podem desencadear a hipersexualidade, como também estresse e problemas de aceitação social. Um trauma da infância, como um abuso sexual, pode também ser fator preponderante do distúrbio.
Outras formas de doença mental, depressão, transtorno bipolar ou transtorno obsessivo compulsivo (TOC) podem trazer a hipersexualidade como um recurso ou fuga da realidade. Em casos mais raros, algumas drogas e medicamentos podem levar à hipersexualidade como a apomorfina e a terapia de substituição da dopamina.
Por um longo período, a pessoa que sofre do transtorno permanece cega pelo prazer e não enxerga o próprio problema, semelhante aos efeitos nocivos de alguma droga. Porém, com o tempo, a fadiga física e mental decorrente das atividades sexuais constantes e do envolvimento em assuntos pornográficos começa a fazer com que a pessoa se sinta desanimada, depressiva e sem estímulo para viver.
O assunto fica mais sério quando, nessa vida desregrada e despudorada, a pessoa tenha experiências que levam a outras doenças como as DST’s, contraindo HIV e comprometendo a sua saúde pelo resto da vida. Esse comportamento também pode acarretar o envolvimento com outras drogas de nível leve e mais pesado além do consumo de álcool em excesso, gerando a dependência química.
O tratamento deve ser realizado por um especialista na área acompanhado de um psiquiatra ou psicólogo. Os medicamentos podem ser antidepressivos prescritos por um médico e outros tratamentos comportamentais que têm surtido efeito nos últimos tratamentos. A terapia conjugal é bastante indicada, assim como o apoio dos familiares e amigos durante o tratamento. O problema se assemelha à compulsão por comida, compras ou jogos de azar, por isso deve ser tratada de forma específica, caso a caso.
[sc:muito-bom-de-cama-depois-artigo]
Insurrecionante como eu me identifico com esse problema, gostaria de saber mais com certeza acho que comecei achar respostas.
obrigado me ajudou muito