Calma, essa não é exatamente uma tendência mundial, e nem toda a pornografia da internet irá acabar – afinal, existe muito público para isso. Mas na Inglaterra, uma proposta bem inusitada do governo sugere que alguns vídeos não deveriam ser vistos e passariam a ser considerados ilegais devido a atos sexuais considerados duvidosos.
A polícia da internet parece ter ganhado força nessa proposta e pode ser que o governo passe a, de certa forma, regular os hábitos pornô dos ingleses.
O Partido Conservador do Reino Unido, com seu chamado “Projeto de Economia Digital”, que foi apresentado ao Parlamento Britânico em julho de 2016, propõe que os sites pornográficos sejam obrigados a implementar funções de verificação de idade, que tenta acabar com o uso desses sites por crianças.
É claro que ninguém sabe ainda como isso vai funcionar, mas é claro que podemos imaginar que será um pouco mais elaborado do que a simples pergunta: “ Você tem mais de 18 anos? ”, que é a primeira coisa que aparece quando entramos nesses sites – e que simplesmente apertamos “sim” sem maiores problemas.
Mas a pergunta que nos fazemos é: será que a partir de agora os britânicos terão que preencher um super cadastro com dados pessoais ou fornecer cartões de crédito para ver seus vídeos pornô? E será que fornecer esse tipo de informação não vai significar um risco para os usuários de pornografia, já que seus nomes estarão vinculados a esses sites que nem sempre gostamos de dizer que usamos?
A proposta da primeira-ministra britânica Theresa May, porém, vai além da preocupação com os adolescentes, e parte para o bloqueio de conteúdo dos sites pornô, onde os vídeos de atos considerados “não convencionais” pelo governo deveriam ser bloqueados. Mas o que é “não convencional” quando falamos de fantasias, afinal?
O jornal inglês “The Guardian” tentou esclarecer o que seria considerado “não convencional” e uma lista bastante aleatória apareceu:
- Surra erótica – um pouco mais do que sexo selvagem, podemos dizer;
- Atos envolvendo chicotes – pra quem gosta de uma dominatrix;
- Atos sexuais envolvendo urina – ou chuva dourada;
- Ejaculação feminina – por que seria proibida?
- Menstruação – pra quem não nega fogo;
- Sexo em público – fantasia de 9 em cada 10 caras?
Os atos “não convencionais” se parecem mais com fantasias comuns de todo homem – e por que não das meninas? – e as dúvidas quanto a essa proibição são muitas além dela ser bem absurda, afinal, por que não podemos simplesmente dar um tempinho em casa para assistir a um pornô de uma fantasia, seja ela qual for?
Os ingleses podem vir a sofrer e serem, literalmente, deixados na mão caso essa proposta passe e o governo passe a controlar suas fantasias, mas acreditamos que eles darão um jeito de burlar o sistema. Nós, por outro lado, temos que agradecer pelo pornô liberado, enquanto com um sorriso no rosto deixamos o governo lidando com a crise brasileira, que pode ser tudo, menos sexual. O gigante acordou.